Os brasileiros, campeões do mundo em Milão-2015 na categoria, completaram a distância em 3 minutos 44 segundos e 819 milésimos, cruzando a linha de chegada pouco atrás do mito alemão Sebastian Brendel e Jan Vandrey (3:43.912), que levaram o ouro.
O bronze ficou com o barco ucraniano, formado pela dupla Dmytro Ianchuk e Taras Mishchuk (3:45.949).
Terceira medalha em uma edição
Isaquias já havia sido medalhista de prata no C1 1.000 m e de bronze no C1 200 m. Até os Jogos do Rio, a modalidade jamais havia subido ao pódio em Olimpíadas.
O canoista estava empatado em número de conquistas em uma única edição com os atiradores Guilherme Paraense e Afrânio da Costa (1920) e os nadadores Gustavo Borges (1996) e Cesar Cielo (2008).
Esta é a primeira Olimpíada de Isaquias, que não obteve classificação para disputar Londres-2012 e imaginou que sua carreira competitiva no alto rendimento estivesse encerrada.
A chegada do técnico espanhol Jesús Morlán ao Brasil, em 2013, contratado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), mudou o panorama. O baiano obteve seis medalhas em Campeonatos Mundiais e três no Pan de Toronto entre 2013 e 2015 e chegou à Rio-2016 como um dos nomes mais badalados da delegação.
Entre estas medalhas em Mundiais estava o ouro no C2 1.000 m ao lado de Erlon, com quem voltou a obter um grande resultado neste sábado.
Isaquias descobriu a canoagem em 2005 por meio de um projeto social em sua cidade natal, Ubaitaba. O esporte surgiu como uma compensação para um jovem que havia sofrido dois episódios traumáticos na infância, que incluíram uma retirada de rim -após cair de uma árvore- e uma lenta recuperação depois de se queimar com água escaldante.
(Diário do Nordeste)